quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quente, Por Favor

Café preto me aquece
E escurece minha alma,
Mas necessito.
Preciso me manter quente
E tudo tem o seu preço
Não me queixo da escuridão
Vivo preso à solidão
Com lampejos de claridade.

Gosto da claridade,
Confesso,
Mas nem sempre é possível tê-la.
Nem sempre é possível vê-la.
Estou acostumado,
Já me habituei a este mundo

Você, antes de sair,
Traga-me um café quente,
Por favor.
Pois a noite é longa.


Rodrigo R.P.

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